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OS TRAINEES NO BRASIL

Apesar de a origem da palavra trainee vir da língua inglesa e se referir a “estagiário” ou “em treinamento”, esses cargos dentro das empresas têm mais a ver com um profissional já formado que está sendo treinado, e não com os estágios universitários da forma que conhecemos no Brasil. O processo geralmente dura de 1 a 3 anos, e o alvo são jovens recém-formados.

Os programas de trainees no Brasil são cada vez mais cobiçados por jovens recém-graduados, pois as suas vantagens são bastante atraentes para eles. O trainee proporciona uma média salarial geralmente maior do que a oferecida nos empregos para recém-formados (em torno de R$5 mil). A oportunidade de aprender a gerenciar áreas e equipes dentro de uma empresa e o incentivo ao aprendizado estratégico também são vantagens cobiçadas. Às vezes, também ocorre a oportunidade de viajar pelo país ou até por outros países a trabalho.

Geralmente, os profissionais trainees que foram aprovados nesses esquemas de seleção atuam por várias áreas da empresa e depois são alocados de acordo com sua identificação/aptidão para a área. As empresas que realizam esse programa geralmente exigem o seguinte perfil: jovens (entre 22 e 30 anos), que dominam ao menos um idioma além do inglês. Também pedem aos candidatos que já tenham em seus currículos boas capacitações em experiências passadas – como, por exemplo, trabalho ou vivência no exterior (dados da Endeavor).

A concorrência para essas vagas é tão alta, que, às vezes, ultrapassa a faixa dos 1.000 candidatos por vaga. Porém, a aprovação não é nada fácil: segundo dados do IBMEC, apenas 0,2% dos candidatos inscritos nesses programas são aprovados. A demanda é, ainda, intensificada pelo baixo volume de ofertas no Brasil. O perfil dos contratados é bem específico: de acordo com uma pesquisa feita pela Across e Seja Trainee, 56% dos aprovados são homens, 65% têm entre 23 e 25 anos de idade, e 74% moram no Estado de São Paulo.

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