*Paulo Savaget, sócio da Innovare Pesquisa de Mercado e Opinião e responsável pelos projetos de inovação e sustentabilidade da empresa, é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.
Nas discussões de sustentabilidade ambiental, a inovação ocupa um lugar central. Isso porque a inovação está intrinsecamente conectada à mudança; e os discursos de sustentabilidade explicitaram que a sociedade não pode seguir os mesmos caminhos tecnológicos e comportamentais dos séculos passados. Portanto, surge a importância de gerar novos produtos, serviços, processos produtivos e modelos de negócio que sejam mais ambientalmente responsáveis.
Curiosamente, vários estudos demonstraram que as fontes de pressão para que as empresas se tornem mais eco-inovadoras vêm de acionistas, investidores, colaboradores internos ou dos fornecedores. O comportamento dos consumidores praticamente não influencia o posicionamento ambiental das empresas.
De fato, empresas de varejo realizaram pesquisas sobre o comportamento dos consumidores e notaram que o aspecto ambiental não é expressivamente levado em consideração na escolha dos produtos: o motivador das escolhas, quase soberanamente, é o preço. Além disso, existe grande falta de informação sobre as alternativas existentes, além de várias “lendas” sobre custo-benefício. Uma dessas lendas é que o produto maior rende mais. Por exemplo, na hora de comprar produtos de limpeza, as pessoas tendem a escolher aqueles que vêm em embalagens grandes, embora geralmente rendam menos do que as alternativas menores, solúveis em água. Como resultado, selecionam produtos que geram mais resíduos sólidos e emissões de carbono. E ainda carregam um produto mais pesado para casa, enquanto poderiam levar um mais leve, de preço similar, que está concentrado e que, ao dissolver em água, rende mais.
Percebendo uma oportunidade de gerar negócios que tornem os consumidores mais conscientes sobre os impactos dos produtos à saúde e em termos socioambientais, vários aplicativos têm sido desenvolvidos por start-ups para tablets, smartphones e para o Facebook.
Um dos mais famosos é o GoodGuide, que desenvolveu uma metodologia de avaliação dos impactos para os mais diversos produtos. Os interessados podem pesquisar no site ou baixar gratuitamente o aplicativo. Lá são dadas notas para cada produto, indicando se possuem substâncias nocivas à saúde, assim como o nível de degradação ambiental e de inclusão social associada à atuação da empresa. Fica aí uma boa dica para aqueles consumidores dispostos a se informar sobre os produtos que levam para casa, avaliando outros critérios de escolha.
Infelizmente, trata-se de uma iniciativa estadunidense: ou seja, vários dos produtos que consumimos no Brasil não foram avaliados. Aliás, o mesmo acontece com outros aplicativos que visam fornecer informações sobre impactos ambientais. Quem sabe empreendedores brasileiros animam de se aventurar por esses caminhos? Eles poderiam se inspirar nos aplicativos abaixo:
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