*Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.
Você provavelmente já ouviu falar do Vine, o aplicativo lançado em janeiro para a criação de filmes de seis segundos e seu compartilhamento em mídias sociais. Inicialmente o negócio não gerou muito buzz, mas depois que foi comprado pelo Twitter, ganhou mais visibilidade.
É possível entender de onde o Vine saiu. O mercado de trabalho está sendo populado pela primeira geração born digital e nós – estou me colocando entre eles – somos impacientes e narcisistas. Logo, registrar nossas reclamações e divulgá-las online faz parte da nossa natureza. Além disso, estamos imersos em duas tendências que têm tudo a ver com o serviço de “micrometragens”:
A primeira delas é uma mania de abreviação que ganhou muita força com o próprio Twitter. Se o Twitter é o microblogging, o Vine é o microfilmmaking. O próprio serviço se define dessa forma e diz que é uma pequena janela que mostra um pedacinho da personalidade de uma pessoa.
A segunda é a tendência da registrabilidade, que é um pouco mais polêmica. Entre fotografar pratos de comida e criar #hashtags para qualquer momento da vida, registrar tudo o que acontece e publicar imediatamente se tornou uma preocupação para muitos de nós.
Daqui pra frente podíamos entrar em várias discussões sobre como a privacidade acabou, como todo mundo e ninguém, ao mesmo tempo, quer saber se você acabou de tomar a melhor coca-cola da sua vida ou até a etiqueta das redes sociais – incluindo o que e como compartilhar. Mas não é esse o foco desse texto. Gostando ou não, o Vine pegou e a possibilidade de registrar em áudio e video vários pequenos eventos cotidianos parece ter um grande apelo.
Eis que, para nossa supresa, o Tribeca Film Festival, um importante festival de cinema norte-americano criou um concurso para premiar os melhores filmes de seis segundos produzidos mundo afora. A competição #6SecFilms vai usar o Vine e o Twitter, juntos, para encontrar os melhores vines nas seguintes categorias: #Genre, quando for uma homenagem a um gênero cinematográfico específico, #Auteur, para os “filmes de autor” que têm uma história única, #Animate, para os vines que usam a técnica de stopmotion e, por fim, #Serie, que procura a melhor trilogia de filmes de seis segundos, com início, meio e fim.
O Tribeca ainda deu referências para inspirações: algumas figures importantes da indústria do entretenimento norte-americana, como a atriz Kat Dennings e o apresentador Jimmy Fallon, e o The Joy of Six, Tumblr dedicado aos melhores filmes do Vine.
A grande questão, no entanto, que surgiu com o concurso lançado pelo Tribeca, foi em torno da premiação desse tipo de material. Considerado por alguns como possível forma de arte e, por outros, como bobagem, simplesmente, o Vine ainda divide opiniões. Cabe ressaltar que o festival costuma premiar trabalhos experimentais e independentes e, na descrição do concurso, chama os vines de curta-metragens. Assim, a organização do evento poderia estar dizendo que a plataforma dos vídeos de seis segundos é uma nova forma de produção cinematográfica. Será que estamos vendo nascer mais um formato audiovisual?
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