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HÁ ESPERANÇAS

23-08-2013
Postado por Vinícius Calijorne em Em Tela

Pode ser que estejamos falando demais sobre esse assunto de novos formatos de produção e novas formas de distribuição de material audiovisual. Mas cada novidade que aparece faz com que a gente, entusiastas da indústria, se encha de esperança e espere uma produção mais democrática e mais plural.

Os três maiores pólos de produção cinematográfica, hoje, são Estados Unidos (Hollywood), Índia (Bollywood) e a Nigéria. Você também está achando estranho ser a Nigéria, não está? Pois fique sabendo que Nollywood é a terceira maior produtora de filmes do mundo.

A razão desse estranhamento é a seguinte: a Nigéria não tem grandes recursos tecnológicos e nem o suporte financeiro que corre em Hollywood. Mas vivemos em tempos nos quais qualquer um munido de uma câmera digital pode produzir material. No entanto, um país que quase não tem salas de cinema e um acesso limitado à internet não tem como distribuir os filmes. Certo? Errado. A produção se tornou tão intensa com a popularização de tecnologias de captação e edição de imagens e som que já foi criada uma rede de camelôs que faz com que os filmes cheguem aos espectadores finais.

Impressionante, não é?

Agora veja: essa semana, o Facebook, junto de várias outras empresas de tecnologia, lançou a iniciativa Internet.org, que tem o objetivo de desenvolver uma tecnologia de alta qualidade e baixo custo para levar conexão à web para cerca de 5 bilhões de pessoas, ou dois terços da população mundial. Isso é a conectividade sendo cada vez mais considerada como um direito humano, nessa era em que todos estão ligados em rede e trocando informações em grande velocidade.

Claro que é um projeto que ainda demora alguns anos para ter resultados de grande expressão, mas já imaginou o que pode acontecer com a indústria do audiovisual quando todos nós estivermos conectados? Quando as mentes criativas de cada canto desse mundo puderem se expressar, se juntar e colaborar em produtos diferentes de todos os formatos que conhecemos atualmente?

É por isso que dizemos que há esperança. Não estaríamos falando somente em um aumento dos que produzem, mas em um volume muito maior de espectadores, ampliando o mercado e dando espaço pra mais gente.

Quem sabe não teremos uma rede mundial de camelôs distribuindo filmes no mundo inteiro chamada internet?

(E se você ficou curioso, confira o vídeo de lançamento da Internet.org.)

Sem Título-1

Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Blog da Innovare.

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