O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu neste início de ano o menor patamar desde o início da série histórica, em 2011. Em janeiro, a confiança do empresariado do comércio caiu 1,1% em relação a dezembro do ano passado, ficando em 105,1 pontos.
A pesquisa foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados relativos a janeiro de 2015 mostram queda de 14,3% em relação a janeiro de 2014. Também houve quedas nos subíndices que medem as expectativas dos empresários (-9,3%) e a intenção de investimentos futuros (-9,9%).
A confiança dos empresários do setor tem sido influenciada pela perda de fôlego das vendas do varejo. A maior inflação esperada para os preços administrados em 2015 levou a CNC a revisar a previsão de crescimento do volume de vendas de 3% para 2,4% até o fim do ano. Confirmada a projeção, esse seria o pior resultado dos últimos 12 anos.
Ao abrir o ano com a confiança em queda, o Icec reflete a forte influência da retração na satisfação do empresariado do setor com a situação atual, que chegou a cair 26,6% em relação ao primeiro mês do ano passado.
Para 76,3% dos empresários, as condições atuais da economia estão piores do que há um ano, quando 41,8% do total perceberam piora acentuada. Em janeiro do ano passado, essa era a percepção de 54% dos entrevistados, com 20,6% registrando piora mais expressiva. As regiões Sul (46 pontos) e Sudeste (51,3 pontos) concentram as piores avaliações nesse quesito.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) para a Região Sudeste acumula retração de 0,7% nos 12 meses encerrados em novembro. Ao longo do ano, o índice de atividade do Banco Central para o nível de atividade econômica desacelerou, passando de +2,9%, em janeiro de 2014, para os atuais -0,1%. As regiões Norte e Nordeste apresentam taxas de crescimento próximas a 3%, no mesmo período.
Acompanhando o desapontamento com a evolução das condições correntes, o subíndice que mede as expectativas dos empresários (Ieec) acumula quatro quedas mensais, com o patamar mais baixo na série histórica da pesquisa.
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