O racismo no Brasil existe? Segundo dados de um relatório da ONU sobre o tema, o racismo no Brasil é institucionalizado e estrutural. Os negros representam mais de 50% da população brasileira, e apenas 20% do PIB nacional. As religiões afrodescendentes têm, proporcionalmente, um número reduzido de adeptos se comparadas às religiões que historicamente foram trazidas pelos colonizadores europeus.
Alguns dados chamam a atenção acerca da população negra no Brasil: o desemprego entre afro descendentes é 50% superior ao restante das etnias (dados da ONU). A violência policial contra negros também se destaca: segundo dados da Pesquisa Nacional de Vitimização, 6,5% dos negros que sofreram uma agressão tiveram como agressores policiais ou seguranças privados, contra 3,7% dos brancos.
Nas últimas semanas, ao mesmo tempo em que atrizes negras sofreram ataques constantes em suas redes sociais, notícias de violência policial contra jovens negros também foram motivos de debates na internet. O Barômetro Innovare monitorou, então, a opinião pública no Twitter sobre o racismo. Classificamos como negativas as publicações que afirmam que o racismo existe no Brasil e deve ser combatido, como positivas as que consideram que o racismo se manifesta de forma mais branda ou não existe país. Como neutras, as publicações sem teor de opinião expresso.
Entre as postagens analisadas, a maior parte (65,6%) foi classificada como negativa. Estas comentaram que todo o negro no Brasil sofre racismo de alguma forma. Repudiam o racismo sofrido por atrizes negras e afirmam, ainda, que o padrão de beleza vigente no país é racista, pois praticamente não oferece representatividade aos negros.
As postagens com teor positivo (29,7%) falaram principalmente que o racismo sofrido pelas atrizes foi uma estratégia de marketing para tirar a atenção dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Criticam o humor politicamente correto, que não permite piadas com teor racista ou homofóbico e que, por isso, para eles o racismo no século XXI tem um teor de vitimização ou exagero.
Os homens representaram a maior parte das publicações (46,5%), enquanto as mulheres vieram em segundo lugar (44,5%), seguidas pela imprensa (representando 7,5% das postagens). Elas se mostraram mais negativas (69,3%) ao tema do que eles (62,6%), enquanto as empresas apresentaram 33,5% de postagens com teor positivo.
De acordo com dados do Censo 2010, do IBGE, a Bahia é o estado que apresenta a maior proporção de negros na população (14,4%). O estado apresentou 66,7% das publicações com teor negativo. Piauí, Mato Grosso e Maranhão tiveram postagens com teor totalmente positivo (100%), enquanto o Distrito Federal e o Amazonas tiveram postagens totalmente negativas (100%) em relação ao tema.
E você, o que achou sobre as opiniões nas redes sociais sobre o racismo no Brasil?
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