Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, a imagem da religião islâmica – praticada majoritariamente no Oriente Médio – ficou marcada pelo grupo terrorista islâmico que assumiu a autoria dos crimes. Os muçulmanos começaram a ser não só temidos nos Estados Unidos (e, consequentemente, no mundo ocidental), como discriminados: nasceu a islamofobia ̶ a xenofobia contra muçulmanos. Devido aos atentados que aconteceram este ano em Paris – contra os cartunistas do Charlie Hebdo e contra civis no último mês – , os ataques contra muçulmanos aumentaram quase 257%, de acordo com dados do Measuring Anti-Muslim Attacks.
No Brasil, as redes sociais têm sido palco de opiniões fortes sobre os muçulmanos, tanto por causa dos atentados em Paris como por causa do acolhimento aos refugiados sírios. O Barômetro Innovare, então, monitorou o que tem sido falado sobre o tema no Twitter.
Consideramos como positivas as publicações contra a islamofobia e explicando as práticas da religião islâmica, dissociando-a do Estado Islâmico (ISIS) ̶ argumentando que, ao contrário do que alguns acreditam, ela não prega o ódio contra cristãos. Afirmam, ainda, que a laicidade na política é a chave para a paz entre os povos com culturas e religiões diferentes. Como negativas, consideramos as publicações que afirmam que todos os muçulmanos concordam com os princípios do ISIS, temem a entrada de imigrantes sírios no país e criticam as práticas religiosas e sociais dos muçulmanos, afirmando que são violentas e oprimem as mulheres e os cristãos. Categorizamos como neutras as postagens que não continham posicionamento definido.
As postagens avaliadas mostraram uma clara divisão da opinião pública: 43,3% se mostraram desfavoráveis ao tema, 42,4%, a favor, e 14,3%, neutros em relação à xenofobia contra os muçulmanos. As mulheres (27,3%) se mostraram mais favoráveis ao tópico do que os homens (58,3%): 46,4% das publicações delas foram classificadas como positivas, contra 41,4% deles. Os veículos midiáticos, por sua vez, foram os que mais se mostraram desfavoráveis ao tema: 46,3% de suas postagens foram classificados como negativas.
Entre os estados brasileiros, Roraima, Maranhão e Paraíba se mostraram inteiramente favoráveis ao tema (100% de postagens positivas). Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Piauí, por sua vez, mostraram-se totalmente desfavoráveis ao assunto abordado neste monitoramento (100% de publicações negativas).
E você, o que achou sobre a visão ocidental sobre os muçulmanos e a xenofobia contra eles?
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