–
As políticas de meio ambiente dos próximos quatro anos estão em pauta. Conheça mais sobre o que os três principais candidatos à presidência propõem em relação ao meio ambiente e sustentabilidade:
Dilma apresentou, até o presente momento, as linhas gerais do Programa de Governo, fez o compromisso de realizar debates e uma ampla consulta aos movimentos sociais e aos partidos políticos aliados e publicar o detalhamento do Plano de Governo. Trabalho que seria aprofundado por meio de grupos temáticos. Faltando aproximadamente duas semanas para a realização do primeiro turno, ainda não foi publicado o detalhamento do Programa de Governo; dessa maneira, resta-nos cotejar, em suas Diretrizes Gerais de Plano de Governo, as suas principais propostas para o meio ambiente e sustentabilidade.
A publicação das linhas gerais do Programa de Governo de Dilma foi realizada em outro cenário eleitoral – Marina Silva ainda não era candidata, e tudo indicava que, se houvesse um segundo turno, o candidato Aécio Neves seria o adversário. Acreditando na polarização entre PT e PSDB, o documento é antes de tudo um discurso político e uma comparação sistemática entre o período do governo Fernando Henrique e os 12 anos de governo do PT.
Primeiro pilar do modelo de desenvolvimento sustentável que mudou o Brasil:
1- Brasil como o maior redutor de emissões de gases de efeito estufa no planeta. A ousada meta foi atingida pelo combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado;
2- aprovação do Novo Código Florestal, que garantiu bases mais sustentáveis para a produção agrícola e segurança jurídica para o produtor;
3- aprimoramento dos mecanismos de licenciamento ambiental;
4- avanço na regulamentação do uso sustentável de nossa biodiversidade.
Segundo pilar do modelo de desenvolvimento:
Rede de políticas de proteção e inclusão social.
Compromissos com a política ambiental:
1- maior efetividade da política ambiental, fortalecendo a coordenação intergovernamental, em âmbito nacional, em relação a: licenciamento ambiental, recursos hídricos, mudança climática e florestas;
2- modernização do licenciamento ambiental, com a regulamentação da Lei Complementar nº 140/2011;
3- segurança hídrica, com a mobilização de ações compartilhadas e concatenadas das três esferas de governo;
4- manutenção do compromisso com a redução de emissões, com o combate ao desmatamento e com a aceleração da implantação de planos setoriais previstos no Plano Nacional de Mudança Climática;
5- aceleração da implantação do Cadastro Ambiental Rural, apoiando os produtores rurais para que regularizem as suas propriedades dentro do prazo previsto por lei;
6- fortalecimento da reestruturação produtiva em direção à economia de baixo carbono e a aposta no uso de recursos naturais como a melhor forma de sua preservação, em especial pelas populações tradicionais que ocupam regiões importantes do ponto de vista da biodiversidade.
Assim como Dilma Rousseff, Aécio Neves não apresentou de forma definitiva o seu Plano de Governo. No entanto, diferentemente de Dilma, as suas Diretrizes Gerais do Plano de Governo apresentam proposições sobre quase todos os temas relevantes para uma campanha presidencial.
As Diretrizes Gerais do Plano de Governo de Aécio Neves procuram estabelecer uma discussão sobre a sustentabilidade, mesmo não indicando o como fazer, como valor fundamental para o futuro do Brasil. Dividem as suas metas de governo na área de sustentabilidade em cinco grandes temas: cidades sustentáveis e mobilidade urbana; energia; saneamento e sustentabilidade e meio ambiente.
1- Cidades sustentáveis e mobilidade urbana:
2- Energia:
3- Saneamento:
4- Sustentabilidade e meio ambiente:
A candidata Marina Silva apresenta um Plano de Governo com quase 250 páginas, com 7 grandes eixos. Em um desses eixos, está expressa toda a sua visão sobre Políticas para o Meio Ambiente e Sustentabilidade. Nele a candidata expõe as suas propostas de criação de uma Agenda Macro e Microeconômica e Gestão Sustentável dos Recursos Naturais para o país. Marina é a única candidata a apresentar uma proposta verdadeiramente integrada entre: economia, meio ambiente e sustentabilidade.
Admite os ganhos da estabilidade econômica obtidos com o Plano Real e a criação de instrumentos básicos de inclusão a partir dos programas de transferência de renda. Ressalta, no entanto, que o Brasil não conseguiu aproveitar, mesmo em um período de bonança, as possibilidades de estabelecer um longo ciclo de crescimento sustentável. Aponta, em suas propostas, para a necessidade de um governo que preze a estabilidade econômica por meio de uma visão mais abrangente de desenvolvimento.
Em sua Agenda Macro e Microeconômica, estabelece alguns importantes compromissos em relação a:
Marina considera que um dos grandes desafios para que o Brasil encontre as bases para o desenvolvimento sustentável é a necessidade de rever a noção de progresso. Será necessário pensá-lo em um sentido mais humano, justo, solidário e respeitoso, para as pessoas e para o planeta. A política industrial e a econômica precisam sinalizar a prioridade para a economia sustentável em termos de tributação e incentivos a economia verde, P&D, energias alternativas, política de mobilidade urbana, eficiência energética e uso da água.
Segundo a sua percepção, é possível a multiplicação da competitividade brasileira na agropecuária, se o Brasil avançar nas questões socioambientais, por meio da racionalização do uso de insumos, da utilização de técnicas de melhorias e conservação do solo, do controle biológico e da diversificação da produção. Oferta de crédito com juros baixos, política de aquisição de alimentos e de preços mínimos, seguro agrícola, pesquisa e extensão rural e formação de estoques reguladores são os cinco eixos de apoio ao setor agropecuário. Em sua agenda para a agricultura, tem-se uma reorientação para uma nova política comercial e de renda, aumento da eficiência em logística e infraestrutura e governança. A agricultura de baixo carbono será uma prioridade, e o limite de crédito por tomador deverá mais do que duplicar. Propõe a Unificação dos diferentes cadastros de terras e implementação do cadastro ambiental rural. Para a agricultura familiar, o plano de governo prevê mais de dez ações de apoio e diversos tipos de incentivos.
Em sua visão, o Brasil é uma potência ambiental, e o valor estimado da diversidade biológica brasileira e dos serviços dos ecossistemas nacionais estaria situado na casa dos trilhões de dólares. A conservação e o uso sustentável da biodiversidade são uma urgência, e o Brasil pode liderar as boas práticas e cumprir os compromissos internacionais assumidos. Indica a necessidade de redução dos incentivos ao desmatamento, por meio de um novo ordenamento e da fiscalização. Em relação ao plantio e às florestas, a Agenda prevê a retomada dos Distritos Florestais Sustentáveis, garantindo a extração sem prejuízo e fiscalização para garantir a exploração sustentável e a geração de renda. As florestas representam um enorme ativo de poupança e produção; cabe ao Brasil alcançar a liderança da economia global florestal.
Discute a ampliação da rede nacional de unidades de conservação com uma melhor distribuição geográfica (73,5% estão na Amazônia) e mecanismos que assegurem a sua proteção. Crescimento de áreas de preservação em outros biomas – Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Marinho/Costeiro – são irrelevantes.
Em relação às mudanças climáticas, a candidata propõe um necessário processo de transição para um novo modelo de desenvolvimento. São evidentes, segundo ela, as condições naturais para a transposição para uma economia de baixo carbono. Para combater as mudanças climáticas, é necessário estabelecer uma nova governança com base na criação de dois novos órgãos: o Conselho Nacional de Mudanças Climáticas, com ampla participação da sociedade civil, que deverá orientar, implementar e monitorar o Plano Nacional de Mudança Climática e a Agência do Clima irá coordenar a regulação da Política do Plano Nacional de Mudança Climática. Outras medidas: implementar uma Estratégia de Crescimento e Desenvolvimento pela – Descarbonização da Economia, garantir a inserção da mitigação de emissões e a adaptação às mudanças climáticas nas políticas publicas, implementar o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, ampliar o sistema de monitoramento de desmatamento, degradação e mudanças na cobertura do solo e incentivar a agricultura brasileira a adotar práticas de Agricultura de Baixo Carbono.
Sobre os recursos hídricos, as propostas de preservação são no sentido de apoiar a criação dos Comitês de Bacia em todo o território nacional, estimular projetos de dessalinização da água em regiões secas do país e estudar planos de cobrança pelo uso da água a partir dos projetos sugeridos pelos Comitês de Bacias.
análise Aécio Neves barômetro barômetro innovare brasil comportamento comércio consumidor consumo cultura dados desenvolvimento digital dilma Dilma Rousseff economia eleições eleições 2014 em tela entretenimento estudo finanças governo infográfico innovare innovare pesquisa inovação internet levantamento manifestações mercado mercado de trabalho milton marques mobile palavrizar Pesquisa pesquisa de mercado pesquisa de opinião política pt redes sociais sustentabilidade tecnologia trabalho web
WP Cumulus Flash tag cloud by Roy Tanck requires Flash Player 9 or better.
Confira postagens antigas:
Cadastre seu e-mail e receba as postagens do blog