Já falamos aqui no Blog da Innovare sobre a Geração Y e a aposentadoria: a maior parte dos jovens ainda não sabe lidar com a previdência. Porém, uma outra fatia da população também anda tendo problemas no setor. A maioria dos brasileiros próximos da aposentadoria não está economizando nem pretende começar a poupar exclusivamente para o período em que vão deixar o mercado de trabalho. A décima edição do estudo global O Futuro da Aposentadoria – Um Ato de Equilíbrio, elaborado pelo banco HSBC, mostra que 53% dos brasileiros estão nessa situação. Entre 15 países analisados pelo levantamento, só os turcos poupam menos para a velhice (59% dizem não economizar para a aposentadoria). Os brasileiros aparecem em segundo lugar, empatado com os australianos.
A poupança para a aposentadoria é realizada com mais afinco pela população dos Estados Unidos e de Hong Kong. Nesses locais, apenas 25% das pessoas não economizam. A média mundial é de 38%. O estudo realizado pelo HSBC ouviu 16 mil pessoas, sendo 1.001 entrevistados no Brasil em idade economicamente ativa (de 25 anos ou mais) e também já aposentados.
Vários fatores impactam a falta de poupança dos brasileiros para aposentadoria, mostra o estudo. No topo da lista está o desemprego (35%), seguido pela compra de imóvel (28%), crise econômica global (27%), contratação de dívida (26%) e educação dos filhos (21%).
O levantamento também apurou que os menos confiantes em manter um padrão de vida confortável na aposentadoria são aqueles classificados pelo estudo como “pré-aposentados” – os brasileiros com 45 anos ou mais. Nessa faixa, 40% se enquadram nesse perfil. Na fatia mais jovem da população, entre os que têm de 25 a 44 anos, a preocupação é de 26%.
A pesquisa também detectou um descompasso na visão de aposentadoria no Brasil. Entre os brasileiros aposentados, 38% acreditam que a melhor idade para começar a poupança é antes dos 30 anos, e apenas 22% defendem o início dos 41 anos a 65 anos. Na faixa dos pré-aposentados, 33% avaliam como ideal iniciar o planejamento do futuro antes dos 30 anos, e um número quase similar, de 29%, defende o início dos 41 a 65 anos.
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