Somos guiados por modelos mentais que nada mais são do que o nosso modo particular de enxergar e de interpretar o mundo. Por meio deles, construímos nossos paradigmas de vida e assim alicerçamos todas as nossas ações. De forma sintética, pode-se dizer que nossos modelos mentais são abastecidos por quatro grandes fontes, o sistema nervoso, a linguagem, a história pessoal e a cultura. É na combinação dessas quatro fontes que alcançamos singularidade e algum sentimento de pertencimento a determinado grupo:
Em suma, a partir do arcabouço composto por essas quatro fontes geradoras de seus modelos mentais é que os indivíduos guiam os seus padrões de relacionamento e de posicionamento no mundo. Assim, eles acabam evidenciando suas crenças, suas regras, suas ações, sua forma de ver e de viver o mundo. Por isso mesmo, não é incomum ocorrerem embates quando grupos com diferentes modelos mentais se encontram.
A falta de sintonia entre as percepções muito frequentemente prolifera ideias rígidas acerca do que é certo ou errado e daí surge o espaço para os conflitos, as incertezas, os preconceitos, as disputas e as animosidades. Para termos uma ideia de como isso ocorre, não precisamos imaginar uma conversa entre fundamentalistas islâmicos e mulheres feministas; nem mesmo entre defensores da bandeira gay e líderes evangélicos. Podemos simplesmente olhar para os diferentes setores existentes em uma empresa e ali compreenderemos o quanto os modelos mentais podem afastar as pessoas umas das outras. Por exemplo, imagine o pessoal de chão da fábrica e também o pessoal da comunicação. Basta um simples olhar para esses dois grupos para enxergarmos o quão distantes são os seus modelos mentais. Cada um deles considera o seu modo de agir e de pensar o mais correto e por isso aponta as diferenças existentes entre eles como se elas fossem um erro inaceitável.
Considerando que muito do nosso comportamento passa a ocorrer de forma mecânica, sendo guiado por essas teorias de vida chamadas de modelos mentais, é fácil saber que as diferenças sempre nos acompanharão e sempre nos perturbarão. Encarar as diferenças como um ganho e compreender que o pensamento divergente pode ser o passaporte para a quebra de algum de nossos paradigmas limitadores parece ser a grande conquista do homem adulto. O crescimento individual tende a ser inesgotável quando os diferentes modelos mentais são encarados com o devido respeito. Sair do script que forjamos para nós mesmos e praticar a aquiescência pode ser o melhor caminho.
Margarete Schmidt, sócia da Innovare Pesquisa de Mercado e Opinião e gestora dos projetos qualitativos da empresa, é autora desse texto, exclusivo para o Blog da Innovare.
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