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MENOS DINHEIRO NAS POUPANÇAS

10-07-2014
Postado por Equipe Innovare em Innovare

Nesta semana falamos no Blog da Innovare sobre os brasileiros que mantêm cada vez menos dinheiro em suas contas correntes. Além disso, o Banco Central divulgou também que, com inflação e nível de endividamento elevados, os brasileiros estão colocando menos dinheiro na poupança. A entrada de recursos na caderneta (depósitos menos retiradas), conhecida como “captação”, caiu 66% no primeiro semestre deste ano, para R$ 9,61 bilhões.

De acordo com o BC, é a menor entrada líquida de recursos na mais tradicional forma de aplicação financeira do país, para os seis primeiros meses de um ano, desde 2011, quando foi contabilizada a saída (quando as retiradas são maiores do que os depósitos) de R$ 3 bilhões. No primeiro semestre de 2013, a entrada líquida de recursos da poupança bateu recorde ao somar R$ 28,27 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 752,55 bilhões, enquanto as retiradas ficaram em R$ 742,93 bilhões. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores alcançou R$ 19,41 bilhões nos seis primeiros meses deste ano.

Com isso, o volume total de recursos aplicados na caderneta subiu no primeiro semestre. No fechamento de 2013, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 597,94 bilhões e, em junho, atingiu a marca de R$ 626,97 bilhões.

Somente em junho, o Banco Central informou que os depósitos superaram as retiradas na caderneta de poupança em R$ 3,22 bilhões. Com isso, houve um recuo de 65,8% na entrada de recursos frente ao mesmo mês do ano passado, quando a captação da modalidade de investimentos havia somado R$ 9,45 bilhões. Foi, também, a menor entrada líquida de recursos para meses de junho desde 2011, quando a poupança captou R$ 220 milhões.

De acordo com analistas, outro fator que influenciou a menor entrada de recursos na poupança no primeiro semestre deste ano foi a perda de rentabilidade da poupança frente a outras aplicações financeiras – como os fundos de renda fixa, por exemplo, ou o Tesouro Direto (programa de venda de títulos públicos do governo pela internet). De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com a estabilidade da taxa básica de juros da economia (a Selic) em 11% ao ano desde o final de maio, as aplicações em renda fixa como fundos de investimento mantêm mais atratividade e “ganham da poupança na maioria das situações”.  Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da TR (Taxa Referencial, que é calculada pelo BC). Segundo a Anefac, as cadernetas de poupança vão continuar mais interessantes frente aos fundos de renda fixa quando a taxa de administração cobrada por eles for superior a 2,5% ao ano.

Especialistas avaliam que, independentemente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um “fundo de reserva” para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.
Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto (programa do governo de compra de títulos públicos pela internet) há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

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