O Brasil amarga a última posição no quesito inovação de um ranking inédito, composto por 44 países, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Levantamento do Fórum mostra que apenas 6% dos empreendedores brasileiros estão investindo para oferecer inovação em produtos ou serviços, atrás de nações como Argentina (29%), México (22%) e Uganda (12%). Fatores como a burocracia, a falta de mão de obra qualificada e elevados tributos e custos de produção foram apontados como algumas das principais dificuldades, segundo os empresários brasileiros. No topo da lista dos países mais inovadores estão Chile (54,6%), Dinamarca (46%), África do Sul (40%) e Colômbia, com um porcentual de 38,2%.
A pesquisa é resultado da análise combinada de dados do indicador de competitividade do Fórum Econômico Mundial, que avalia 144 economias, e do monitor global de empreendedorismo, que considera 70 países. Esse monitor é elaborado por um consórcio de universidades, que inclui a Universidad del Desarrollo, no Chile, e a Tun Abdul Razak, na Malásia. Para a elaboração do estudo foram analisados os resultados de cinco anos de ambas as pesquisas, o que restringiu o tamanho da amostra a apenas 44 países, já que nem todos haviam sido avaliados nos anos requisitados.
Outro fator considerado na análise foi a “ambição” dos empreendedores. Esse indicador mede a confiança dos empresários em investir na expansão de seus negócios prevendo criar, ao menos, 20 postos de trabalho nos próximos cinco anos em seus países. Nesta categoria, o Brasil aparece na 37ª posição, com um porcentual de apenas 4%. Na primeira colocação deste item está um país vizinho, a Colômbia. Lá, 18,8% dos empreendedores consultados têm confiança na economia para criar mais vagas nos próximos anos.
Apesar de estar na lanterna no quesito inovação, o Brasil aparece na décima posição na lista de países com o maior volume de novos empreendedores entre a população de 18 e 64 anos (16%), à frente de Jamaica (15%), Panamá (15%) e Uruguai (14%). No fim da fila estão Itália (3%), Japão (4%) e Dinamarca (4%), países desenvolvidos, que possuem mais empreendedores veteranos do que novatos.
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