*Paulo Savaget, sócio da Innovare Pesquisa de Mercado e Opinião e responsável pelos projetos de inovação e sustentabilidade da empresa, é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.
Todos os anos descartamos cerca de 70 milhões de toneladas de embalagens. Imaginem o equivalente em lixo ao peso de 10 milhões de elefantes grandes e gordos, anualmente descartados em lixões, aterros sanitários, enterrados ou submersos nos oceanos. Este lixo ao qual me refiro é apenas o resultante do descarte de embalagens de bens de consumo: estes que são tão presentes no nosso dia-a-dia. O preço disso tudo não é só ambiental, mas também no bolso dos consumidores. Afinal, estas embalagens custam muitas vezes mais do que o produto em seu interior. No caso de cosméticos a diferença pode ser gritante: o preço da embalagem de um gel da Unilever, por exemplo, é 3 vezes maior do que o do seu conteúdo. Isso fica mais crítico, ainda, quando as embalagens estão protegidas por propriedade intelectual. Já imaginou quanto dinheiro você joga no lixo com as caixinhas patenteadas da Tetra Pak?
Não é novidade que estamos presos a uma estrutura produtiva e logística que nos leva a desperdiçar dinheiro dos consumidores e, ao mesmo tempo, degradar o meio ambiente. E estes danos ambientais não são decorrentes apenas dos depósitos de lixo espalhados pelo mundo. Para a produção de embalagens é necessário o consumo de energia, o que consequentemente contribui com a alteração do equilíbrio atmosférico. Além disso, os resíduos contaminam as águas e afetam a diversidade biológica.
Existem alternativas?
Quando falamos da redução ou eliminação de resíduos sólidos o foco costuma ser na reciclagem. No entanto, recentemente despontaram alternativas um tanto quanto futuristas. Tratam-se de protótipos de embalagens que desaparecem. Estas podem vir a eliminar o esforço da reciclagem para diversos produtos e reduzir muito o impacto logístico, incluindo todos os gastos financeiros e as emissões resultantes do transporte dos bens de consumo.
É claro que tudo ainda é incipiente e que não são só maravilhas associadas a essas embalagens. Elas podem gerar outros danos ao meio ambiente, além de serem inicialmente mais caras do que as opções convencionais. Por exemplo, uma das soluções recentemente propostas é que as embalagens sejam solúveis em água. Se estas não forem completamente biodegradáveis, estas embalagens solúveis podem gerar sérios riscos de contaminações. Além disso, temos que investigar toda a cadeia de produção destas novas embalagens. Por exemplo: será se a produção destas consome mais energia e, portanto, emite mais carbono do que as alternativas tradicionais?
Em detrimento destes questionamentos, as embalagens que desaparecem apresentam esperanças de redução de custos, beneficiando os balanços financeiros das indústrias e os bolsos dos consumidores, além de contribuir para que tenhamos uma relação mais harmônica com o meio ambiente.
Veja alguns exemplos criados pelo estudante estadunidense Aaron Mickelson, em um projeto de mestrado que ganhou repercussão internacional.
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