Você está acompanhando aqui no Blog da Innovare uma série especial: ANALISANDO AS ELEIÇÕES 2014. Nosso consultor Milton Marques publica aqui suas análises sobre o cenário da disputa presidencial desse ano. Confira abaixo o sexto texto dessa série e não se esqueça de se inscrever na barra à direita para não perder nenhuma postagem do Blog da Innovare!
Era compreensível que os institutos de pesquisa não realizassem durante a Copa do Mundo, para publicação, pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014. Pouco tempo depois de entregue a taça, eles vieram. Depois de alguns dias da publicação de três resultados, que apresentam quase o mesmo sentido e a mesma natureza, com forte repercussão dos resultados, tanto para governistas quanto para oposicionistas, é bom ter alguma calma e avaliar o quadro com certa neutralidade.
As leituras e interpretações dos resultados das últimas pesquisas, na imprensa e nas redes sociais, tendem ao completo partidarismo. De um lado, a oposição comemora um resultado que se encontra rigorosamente dentro da margem de erro, em relação à pesquisa anterior, para as intenções de voto de Dilma e não mostra crescimento dos seus principais opositores. Por outro, o governo comemora, pois a expectativa era a de queda expressiva. Aqueles que apostavam na queda dos números de Dilma em função dos resultados da nossa seleção na Copa aprenderam na prática, mesmo que tardiamente, que o eleitor é mais racional e inteligente do que eles pensam. Outros que avaliavam que durante a Copa do Mundo haveria um grande número de manifestações também erraram; para esse último caso, eu sou um deles.
Os números mais comemorados pela oposição são: uma tendência de empate técnico entre Dilma e Aécio em um cenário de segundo turno, queda na avaliação do governo e aumento da rejeição a Dilma. Tais números não devem ser lidos separadamente, pois eles mostram uma mesma tendência: a de que a eleição caminha para uma polarização entre PT e PSDB, que também não é nova; pelo contrário, foi desenhada para as eleições de 2014 já algum tempo pelos próprios Petistas ao escolherem os Tucanos como inimigos preferenciais. Crescem de fato as possibilidades de um segundo turno, que promete dividir o país. E, para Aécio Neves, aquilo que parecia improvável há alguns meses – levar a eleição para um segundo turno disputado – passa a ser considerado com uma possibilidade real.
O dado mais relevante das pesquisas ainda não encontrou análise adequada. Trata-se, em minha opinião, da incrível capacidade de resistência da candidatura Dilma. Depois das manifestações de 2013, não houve um momento de trégua para o governo. Foram solavancos vindos de todas as partes; a economia mostra suas grandes fragilidades, fogo amigo, greves, paralisações e a insatisfação que atinge ¾ da população. A forte oposição ao governo, na imprensa e nas redes sociais, é intensa e continuada. Mesmo assim, a candidatura Dilma consegue manter percentuais equivalentes à soma de todos os demais candidatos. A oposição terá de fazer uma dupla pergunta: o que tem de tão especial na candidatura de Dilma que a torna tão resistente? O que falta às candidaturas de oposição que não apresentam crescimento, mesmo com um cenário supostamente tão favorável?
Se os últimos dias foram amargos para o governo, apontando riscos crescentes, em um segundo turno, para as suas pretensões eleitorais, é igualmente, ou até mais amargo, para a oposição, que chega ao final dessas conturbadas semanas com uma certeza: Dilma não perde a eleição por seus erros, mesmo sendo inúmeros, como de fato são. A oposição não ganha a eleição se não demonstrar cabalmente que possui alguma sintonia com o Brasil moderno, que se encontra muito insatisfeito, protesta e procura alternativas para a mudança.
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