Hoje, com a publicação da última pesquisa sobre a corrida presidencial, confirma-se o esperado: Marina Silva aparece empatada com Aécio Neves em segundo lugar, e a existência de uma eleição em dois turnos é inevitável. No entanto, nem tudo publicado era tão previsível; a liderança de Marina Silva nas intenções de voto no segundo turno, à frente de Dilma, é uma relativa surpresa. Marina passa a ser a candidata mais competitiva para disputar a eleição com Dilma em um segundo turno, muito mais do que Aécio Neves.
Em vários momentos, nos nossos posts, chamávamos atenção para a hipótese de que Aécio Neves não seria capaz de vencer a eleição pelos erros de Dilma e do PT. Não faltou tempo para que a candidatura Aécio mostrasse alguma sintonia com o país que protesta, avalia pessimamente os serviços públicos e que quer mudanças profundas na vida política brasileira. Sem discurso e sem sintonia com essas aspirações, a sua candidatura prosperou somente entre os agentes políticos e o mundo empresarial, mas muito pouco junto aos eleitores. A candidatura Aécio Neves não pode reclamar da falta de oportunidades para crescer e tornar a candidatura mais robusta. Elas foram, verdadeiramente, inúmeras.
Para o PT e Dilma os últimos acontecimentos parecem um grande pesadelo. Com efeito, pela primeira vez estão em segundo lugar na simulação de segundo turno. Enfrentar Marina Silva é, para o PT e o governo, algo parecido como disputar uma eleição contra alguma coisa que o partido e os seus militantes foram um dia. O PT não entregou boa parte do que prometia, principalmente em relação à ética e o combate à corrupção, a reforma política e uma nova forma de fazer política. No embate do primeiro turno o PT e Dilma estarão vendo pelo retrovisor a aproximação de uma candidata com um discurso que era quase que um patrimônio por eles construído durante décadas, e que hoje é impossível de ser sustentado pelo partido e pela candidata, não mais lhes pertence.
Para Marina o desafio será o de convencer parte expressiva dos setores mais conservadores da sociedade brasileira de que com a sua vitória o mundo – como eles conhecem – não acaba no dia seguinte. Com muita habilidade, na primeira vitória de Lula, o PT – através da Carta aos Brasileiros – conseguiu passar uma tranquilidade necessária para que os agentes econômicos não entrassem em pânico frente a possibilidade de vitória do partido. Esse é um aprendizado que Marina Silva não pode esquecer e deixar de utilizar. Por outro lado, terá a candidata que controlar uma de suas mais marcantes características, chamado por seus parceiros de “sincericídio político”. Seu grande teste será o de manter unida e, eventualmente, ampliar a base de apoio construída por Eduardo Campos.
Com as mudanças da última semana, temos de fato uma nova eleição. Dilma terá de convencer mais 10% dos eleitores brasileiros, para se eleger com alguma margem de segurança, de que é a melhor opção de mudança, mesmo que seja através da continuidade. Aécio, que apostava se eleger com os múltiplos erros do PT e de Dilma, tem pela frente uma luta em dois fronts. Será muito difícil conter o crescimento, que deve ser continuado, de Marina Silva. E Marina Silva só não se elege por seus próprios erros.
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