*Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.
Não dá para negar que a tendência do mercado musical é disponibilizar produtos por streaming. São os mais diversos produtos e estratégias por trás desse tipo de serviço, que se populariza com uma velocidade bem acelerada e já começa a ser usado até como plataforma publicitária.
A pergunta que ainda existe para o mercado brasileiro, no entanto, é se a mudança já é proveitosa. A música é tão móvel quanto a tecnologia e os dispositivos que carregamos conosco para todos os lados, mas a nossa conexão às redes não é a mais rápida e muito menos a mais estável.
Além disso, nosso país está uns passinhos atrás de outros pólos musicais, como os EUA ou a Inglaterra:
Uma limitação está no conservadorismo dos grandes nomes do nosso mercado, que ainda não se adaptaram às mudanças da indústria fonográfica e acabam deixando essas novas plataformas de lado. Salvas raras exceções, como Caetano Veloso, que disponibilizou a discografia completa em seu site. Por aqui, essas plataformas ainda ficam dedicadas aos artistas estreantes, que recebem menor atenção midiática.
O outro problema está ligado à pirataria praticada no Brasil, que cria resistência, por parte das produtoras, a disponibilizar material em plataformas digitais e também cria uma fronteira virtual, já que várias produtoras internacionais também não abrem seus conteúdos no nosso território.
Fora do Brasil, várias plataformas já estão modificando a forma como se ouve música. Serviços como o Pandora e o Spotify estão ganhando cada vez mais espaço com as suas possibilidades de descobrir novas músicas e artistas a partir de um que já atenda ao seu gosto.
Por aqui, as opções ainda são limitadas, mas existem pelo menos duas plataformas bem bacanas: o iTunes Match e o Rdio.
O primeiro é um serviço disponibilizado pela Apple que permite que você faça o upload das músicas da sua biblioteca para a nuvem. Na verdade, se a música já existir no banco de dados da iTunes Store, você ganha o direito de ouví-la por streaming direto da loja. Caso contrário, o serviço faz o upload da música e ela fica disponível, também. Por uma taxa anual, o usuário tem o direito de fazer upload de até 25gb de músicas que não estejam no abrangente banco da Apple. Testamos o serviço tanto em conexões wifi quanto 3G e a velocidade de conexão é boa, já que não fomos interrompidos nenhuma vez para carregar. Fizemos o teste, também, com aquelas famosas conexões 3G com velocidade reduzida, frequentes nos planos das operadoras brasileiras, que reduzem a rapidez da conexão caso o cliente atinja sua cota mensal. No caso da velocidade reduzida, torna-se praticamente impossível fazer o download.
A Rdio é um serviço internacional que, no Brasil, tem uma parceria operacional com a Oi. Funcionando de forma semelhante ao Pandora e o Spotify, permite que você determine as suas preferências musicais e descubra faixas de estilo semelhante enquanto usa o serviço. Com um banco de dados bem satisfatório, o que ainda não agrada é o preço, que gira em torno dos dez dólares mensais, dependendo do plano.
Existem ainda outros serviços muito bacanas, mas dominados quase exclusivamente por artistas estreantes, reduzindo a base de dados, como o Soundcloud, o Bandcamp e o recém-reformulado MySpace.
As últimas notícias dessa indústria vieram com o lançamento do Lively.fm, plataforma colaborativa que atualiza a cada 10 minutos usando o banco de dados de 10 milhões de blogs e a estratégia publicitária de uma ação polonesa contra o câncer de mama, que lançou o projeto Rak n’Roll. Vale a pena conferir.
E é bem possível que mais novidades estejam vindo por aí: com informações do Mashable e do The Verge, pode ser que o serviço de streaming de músicas do Twitter seja liberado ainda hoje. O serviço de microblogging, que recentemente comprou o We Are Hunted, plataforma musical, já está fazendo seu teasing, com tweets de Ryan Seacrest e outros nomes relevantes da indústria.
análise Aécio Neves barômetro barômetro innovare brasil comportamento comércio consumidor consumo cultura dados desenvolvimento digital dilma Dilma Rousseff economia eleições eleições 2014 em tela entretenimento estudo finanças governo infográfico innovare innovare pesquisa inovação internet levantamento manifestações mercado mercado de trabalho milton marques mobile palavrizar Pesquisa pesquisa de mercado pesquisa de opinião política pt redes sociais sustentabilidade tecnologia trabalho web
WP Cumulus Flash tag cloud by Roy Tanck requires Flash Player 9 or better.
Confira postagens antigas:
Cadastre seu e-mail e receba as postagens do blog