O Facebook comprovou por meio de uma pesquisa que as informações lidas na rede social interferem no humor dos seus usuários. Porém, a forma como o estudo foi realizado está gerando uma tempestade de críticas, encabeçadas por advogados e pesquisadores acadêmicos pelo mundo: o site de Mark Zuckerberg não informou aos 690 mil usuários selecionados para o experimento que eles teriam seus feeds de notícias manipulados.
Realizado em parceria com acadêmicos das universidades americanas da Califórnia e de Cornell em 2012, e divulgado no fim de semana, o estudo da rede social avaliou, por meio de algoritmos, os comentários, vídeos, fotos e links postados por pessoas nos feeds de usuários selecionados para o estudo por uma semana.
Enquanto uma parcela deixou de receber publicações “positivas” dos amigos, por meio de um filtro imposto pelo Facebook, outra parte recebeu menos posts “negativos”. Como resultado, o primeiro grupo acabou “entrando na onda” e publicando menos conteúdos tidos como “positivos”. O segundo foi na linha oposta.
A pesquisa, então, concluiu que “emoções expressadas por amigos, via redes sociais, influenciam nosso humor, constituindo, para nosso conhecimento, a primeira evidência experimental de contágio emocional de larga escala por meio de redes sociais.”
Sheryl Sandberg, COO (Chief Operations Officer) da rede social disse ao The Wall Street Journal que o experimento psicológico foi mal comunicado. Segundo ela, o estudo era parte de um teste já em andamento que empresas fazem com produtos e que o Facebook comunicou mal a sua realização. A executiva disse que a empresa se desculpava por essa comunicação e que nunca teve a intenção de incomodar os usuários.
Apesar de os termos de uso do Facebook preverem que o site pode fazer análises com os dados das pessoas inscritas na rede social, pesquisadores e advogados em todo o mundo julgaram “absurda” a decisão da rede de não avisar aos usuários sobre o estudo.
Adam Kramer, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, escreveu em sua página na rede social que o estudo foi feito pois os seus idealizadores “se importam com o impacto emocional do Facebook e das pessoas que usam nosso produto” e tentou minimizar as ações da rede:
“Ninguém teve postagens ‘escondidas’, elas simplesmente não apareceram em algumas atualizações do feed. Essas mensagens sempre puderam ser vistas nas páginas dos seus amigos e poderiam aparecer em atualizações futuras”, afirmou o pesquisador.
Ao final do texto, Kramer pediu desculpas pela ansiedade gerada em reação à pesquisa e afirmou que as condutas do Facebook estão “sempre sendo renovadas”.
“O objetivo de todas as nossas pesquisas no Facebook é para aprender a prestar um serviço melhor. Tendo escrito e desenhado esta experiência, posso dizer que o nosso objetivo nunca foi incomodar ninguém. Eu posso entender o motivo de algumas pessoas terem preocupações sobre o assunto, eu e os meus co-autores estamos muito tristes pela forma como a publicação (do estudo) descreveu a pesquisa e toda a ansiedade que causou. Em retrospectiva, os benefícios do trabalho de pesquisa podem não ter justificado toda essa ansiedade”.
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