Um levantamento realizado pelo Laboratório de Análises da Violência da UERJ, em parceria com a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou um dado alarmante: pelo menos 7% dos policiais militares do Rio de Janeiro já pensaram em suicídio.
Cerca de 20% do efetivo da Região Metropolitana do Rio foi ouvido na pesquisa, que foi realizada em 2014 e divulgada em audiência pública pela Alerj.
Outros dados da pesquisa mostram que 57% dos PMs já tiveram disparos feitos em sua direção, 35% já atiraram em serviço e 8% foram feridos.
Quando se referem à satisfação, 29% dos policiais alegaram que estão insatisfeitos com a profissão. Já 24% se sentem desrespeitados pela corporação e 1/3 afirmou se sentir desrespeitado pela sociedade.
Um alto número de PMs entrevistados também demonstrou sinais claros de estresse: 54% deles afirmaram sentir raiva durante os períodos de trabalho e 52% relataram problemas de insônia.
Segundo o coordenador do estudo, o sociólogo Ignácio Cano, as causa desses problemas podem ser elencadas através da escala de trabalho, baixa remuneração, diferença de salários entre praças e oficiais, baixo status social, alta exposição a confrontos armados, além, da impossibilidade de sindicalização. De acordo com Cano, os policiais não possuem uma forma de reivindicação e acabam sendo alvos de punições que estão previstas no estatuto da PM.
“O policial do Rio de Janeiro é um policial estressado, que trabalha longas horas, que não dorme o suficiente, que tem angústia, ansiedade e que muitas vezes faz o uso excessivo da força, em muitas vezes, em razão disso. Então a gente tem que conseguir melhorar as condições de trabalho do policial para que ele faça o uso moderado da força”, disse.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), disse que a audiência será importante para entender as solicitações dos policiais e dos parentes de agentes mortos em serviço e encaminhar aos órgãos competentes.
“A comissão acompanha os familiares dos policiais assassinados dando assistência psicológica, encaminha para a assistência jurídica, fundamentalmente pela Defensoria Pública. Esse encontro também será importante para dar voz a policiais civis e militares não somente sobre questões salariais, mas tudo o que envolve o seu dia a dia. Todo mundo quer maior qualidade na segurança pública e para isso é decisivo escutar esses policiais”, afirmou.
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