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AS DÍVIDAS NAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

25-09-2014
Postado por Equipe Innovare em Innovare

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que em agosto as famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos apresentaram a maior proporção de endividamento nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Entre os entrevistados, 60,1% afirmaram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. O percentual está acima da média pesquisada, que ficou em 56,2%. Já a proporção entre quem ganha até 5 salários mínimos é de 58,8%, também acima da média.

As famílias com renda até 5 salários mínimos são as que, além de dívidas, têm mais contas em atraso (18,8%) e afirmaram não ter condições de quitar os débitos (7,9%). Segundo a economista da CNC Marianne Hanson, as famílias de menor poder aquisitivo sempre tiveram indicadores piores, mas em 2014 essa diferença aumentou. “Essa faixa de renda sofre mais com o impacto da inflação, o aumento dos juros e a restrição ao crédito”, afirma.

Entre as famílias com renda de 5 a 10 salários mínimos, 13,6% dizem ter contas em atraso e 4,2% afirmam não ter condições de pagar as dívidas.

Em agosto de 2014, o cartão de crédito foi o principal tipo de dívida para todos os grupos de renda pesquisados, apontado por 73,5% do total. Em segundo lugar ficou o financiamento de carro, por 15,0% das famílias, e em terceiro, os carnês, por 13%.

Além de apresentar o menor percentual de endividados (47,7%), o grupo com renda acima de 10 salários mínimos também apresentou o menor percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, de 7,2%, e o menor percentual de famílias que disseram não ter condições de pagar esses atrasos e que, portanto, continuariam inadimplentes, em 3,0%.

Em relação à parcela média da renda comprometida com dívida, famílias com renda de até 5 salários mínimos e entre 5 e 10 salários mínimos são as que apresentam o maior índice: 27,5%. Já quem ganha acima de 10 salários mínimos o índice é de 24,2%.

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