A atividade no setor de construção civil está em queda, de acordo com levantamento divulgado no último dia 24 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 10 de setembro com 604 empresas, das quais são 202 pequenas, 257, médias e 145, de grande porte. No mês de agosto, segundo ela, a utilização da capacidade de operação do setor recuou para 67% – 2 pontos percentuais a menos na comparação tanto com julho deste ano quanto com agosto de 2013.
Além disso, o nível de atividade na indústria da construção recuou para 43 pontos, ante os 44,9 pontos registrados em julho e aos 47 pontos registrados em agosto de 2013. Já o indicador de número de empregados no setor ficou em 43,5 pontos em agosto. Em julho passado, o índice estava em 44,2 pontos e em agosto de 2013, em 46,3 pontos.
Os valores apresentados pela sondagem variam de 0 a 100 pontos. Quando abaixo de 50 pontos, os indicadores expressam projeções negativas do empresariado. Essas quedas ocorrem após o setor ter vivido um momento de expansão entre 2010 e 2012, devido aos estímulos feitos pelo governo federal por meio de programas como o “Minha Casa, Minha Vida” e o PAC.
De acordo com a CNI, os dois indicadores – nível de atividade e número de empregados – tornam mais intenso o “quadro de retração” do setor. A situação acabou resultando na queda de 2 pontos do nível de utilização da capacidade de operação, que ficou em 67%.
Para os próximos seis meses, as perspectivas também são negativas, apresentando expectativas de queda em todos os indicadores, segundo a CNI. O indicador de expectativa de novos empreendimentos e serviços ficou em 48,5 pontos, o de nível de atividade caiu para 48,4 pontos e o de número de empregados recuou para 47,7 pontos. “Todos os indicadores ficaram abaixo de 50 pontos”, ressaltou o economista da CNI, Marcelo Azevedo. “O setor viveu um momento fabuloso durante muito tempo. No entanto aumentou muito os custos das empresas, principalmente com a mão de obra”, destacou ele.
Segundo o economista, o baixo desemprego no país está entre os fatores que acabam aumentando esse custo para o setor. “Isso não seria problema se houvesse também aumento de produtividade. Outro grande problema – este mais relacionado à qualificação do trabalhador – é a alta rotatividade, natural no setor, e a baixa qualidade da educação básica do trabalhador. O esforço e o custo para treiná-lo ficam maiores, tanto para a empresa quanto para o trabalhador, que precisa se esforçar ainda mais [para conseguir melhorar sua qualificação]”.
Porém, como a indústria já está reduzindo seus quadros, esse problema de falta de trabalhador qualificado vai diminuir, “perdendo, então, importância para outros problemas, como a falta de demanda decorrente da incerteza no mercado”.
“Incerteza é algo muito prejudicial ao mercado. E um fator que amplia essa incerteza é o período eleitoral, quando são inevitáveis discussões sobre mudanças de rumos”, disse ele. “Mas não temos ainda como precisar o peso do período eleitoral tem para a pesquisa. O que sabemos é que, antes, já havia indicativos de desaquecimento, e que ele foi potencializado ainda mais por estarmos em período eleitoral”, explicou.
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