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CROWDFUNDING PARA A INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO

22-03-2013
Postado por Vinícius Calijorne em Em Tela

 

Pegando carona na coluna Inovação e Desenvolvimento Sustentável dessa semana, hoje, aqui na Em Tela, vamos discutir como as iniciativas de crowdfunding estão modificando o mundo do entretenimento.

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O Kickstarter sempre aceitou projetos relacionados à música ou ao audiovisual, mas em 2012 a cantora Amanda Palmer surpreendeu conseguindo 1.2 milhões de dólares para que gravasse seu CD. Seu projeto inicial pedia 100 mil dólares, no entanto, o vídeo que publicou na plataforma dizia que esse tipo de estratégia era o futuro da música e acabou convencendo um número muito maior de pessoas a apoiar seu projeto. O resultado foi positivo e Palmer lançou seu álbum já em 10º lugar na parada da Billboard 200.

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O sucesso da plataforma vem crescendo e, em 2012, de acordo com dados da revista FastCompany, o Kickstarter reverteu mais dinheiro para projetos artísticos do que o Fundo Nacional para Artes dos EUA. Além disso, os dados da revista revelam que projetos de filmes e vídeos, de música, jogos digitais e inicativas artísticas são bem populares na plataforma.

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Na semana passada, outro projeto do Kickstarter gerou muita discussão sobre o futuro da indústria do entretenimento: desde que fora cancelado, o seriado Veronica Mars contava com inúmeros fãs que pediam pelo seu retorno à programação televisiva ou a produção de um filme com a personagem. Os estúdios responsáveis pela série, no entanto, não estavam dispostos a executar tais projetos com medo de que a baixa audiência do programa de TV se repetisse no sucesso de um filme. No último dia 13 de março, o produtor e roteirista Rob Thomas lançou um projeto que pedia 2 milhões de dólares para a produção do filme Veronica Mars.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=9Iih1wln0s4]

Depois de pouco mais de uma hora do lançamento, o projeto conseguiu arrecadar o primeiro milhão e, em menos de 24 horas o segundo milhão foi alcançado. A arrecadação foi recordista em velocidade, mas o projeto permanece no ar até o dia 12 de abril e, hoje, eles já tem quase 4 milhões reunidos para a produção.

Mesmo sendo extremamente bem sucedido, o projeto causou polêmica porque o filme não será uma produção independente, mas terá o respaldo dos estúdios Warner, o que suscitou discussões sobre a mudança do modelo de negócio dos estúdios, que investem em filmes e que agora podem fazer uma espécie de pesquisa preliminar de audiência a partir do sucesso do projeto de crowdfunding. Por outro lado, para realizadores independentes de produtos audiovisuais, o projeto Veronica Mars pode indicar mudanças no acesso às vias de produção, mostrando que, pelo menos em teoria, todos podem fazer um filme.

No Brasil, a plataforma Catarse, que também foi comentada aqui no Sem Escala na terça-feira, já foi responsável por projetos audiovisuais nacionais, com destaque para a produção Delírios de um Cinemaníaco. No entanto, vamos destacar, aqui, a iniciativa Cineasta.cc.

 [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=9LM1W2j_HEU]

 O Cineasta.cc é dedicado exclusivamente ao crowdfunding de projetos audiovisuais. O interessante é que além de uma contribuição financeira individual, a plataforma permite contribuições de empresas, que podem escolher ser patrocinadoras ou se querem inserir seus produtos na narrativa do audiovisual. Além disso, quem quiser se envolver na produção do projeto, seja como produtor, diretor, ator ou o que seja, pode se candidatar na plataforma. Será esse o futuro do cinema brasileiro?

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