A aviação comercial começou a operar no Brasil em 1927, pela empresa Condor Syndikat, do Rio de Janeiro para Florianópolis. O avião virou, então, um meio de transporte muito difundido pelo país devido à grande extensão territorial brasileira e à precariedade dos outros meios de transporte disponíveis.
Em 1960, o Brasil tinha o maior volume de tráfego por rede comercial do mundo depois dos Estados Unidos. Hoje, a aviação representa um grande mercado no país: a 4ª maior fabricante de aviões do mundo é a Embraer, que tem origem nacional.
Apesar do crescimento do setor, o Brasil não figura entre os maiores aeroportos do mundo em questão de tráfego de pessoas. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, em 2014, os que mais receberam passageiros estavam nas cidades de Atlanta (Estados Unidos), Pequim (China) e Londres (Inglaterra).
Desde a ascensão do poder aquisitivo da classe C, a partir de 2003, o mercado de aviação comercial brasileiro viveu anos dourados. Em 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo, só a movimentação em território nacional durante o evento foi de aproximadamente 17,8 milhões de pessoas, que geraram uma taxa média de ocupação das aeronaves de 80% (dados da Secretaria de Aviação Civil). Nesse mesmo ano, a demanda por transporte doméstico cresceu 5,7%, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Porém, com o recente aumento do dólar – e, consequentemente, dos preços dos combustíveis –, esse setor vem sofrendo perdas de lucros desde 2015. Em 2016, estima-se que o setor venha a ter sua primeira baixa em 13 anos, devido ao dólar alto e à recessão econômica. Os números são inversamente proporcionais à tendência mundial: no mercado internacional, o combustível apresentou queda média de 40% nos últimos quatro meses. No entanto, no período, o real perdeu cerca de 20% do valor em relação ao dólar – e esse fator explica o motivo dos combustíveis terem subido tanto de preço.
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