Pode-se considerar que a indústria fonográfica no Brasil teve seu início no começo do século XX, com a primeira fábrica de discos no país – a Odeon. Já nos anos 80, surge o Compact Disc (CD), que era menor que os discos de vinil e com grande capacidade de armazenamento, mudando a forma de produção e comercialização da música.
Nos anos 90, a pirataria apareceu como alternativa mais barata à compra de CDs, mas foi nos anos 2000 que a indústria fonográfica precisou se reinventar, com o surgimento de programas de compartilhamento de músicas pela internet, como o Napster. No entanto, com o surgimento do streaming em programas como o Spotify – que permite ouvir a música sem a necessidade de baixá-la – a indústria voltou a ressurgir em termos de lucro.
Hoje, o streaming é a atividade que mais rende dinheiro no Brasil no setor de música digital. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Disco (ABPD), as vendas de música na sua forma física (CDs, DVDs e similares) caíram 15,44% entre 2013 e 2014 no Brasil e 8,1% no mundo. Já as vendas digitais tiveram uma alta de 30%.
O lucro dos serviços de assinatura de música (como o Deezer, que é muito popular na França, por exemplo) aumentou 22% de 2014 para 2015. Em 2014, o Spotify se tornou o maior serviço de streaming de música do mundo, e a receita mundial obtida com música digital foi maior do que a física: US$ 6,85 bilhões, contra US$ 6,82 bilhões (dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
Muitos artistas já se posicionaram a favor do aumento do pagamento de serviços de streaming a eles, mas também reconhecem que esse tipo de comercialização das suas músicas é mais lucrativo do que a comercialização de CDs piratas, por exemplo.
As estratégias de grandes gravadoras hoje estão focadas nos lançamentos de seus artistas nestes programas, mas ainda não abandonaram a produção das mídias físicas: segundo a IFPI, o digital já representa 46% das vendas de músicas no mundo.
A forma de se ouvir música mudou seguindo as novas evoluções tecnológicas, assim como acontece em outros setores do mercado. E como acompanhar essas novas tendências de consumo? A pesquisa de mercado te ajuda a prever o comportamento do seu público.
Para saber mais sobre as novas formas de se ouvir música no mundo, acesse nosso infográfico.
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