Você está acompanhando aqui no Blog da Innovare uma série especial: ANALISANDO AS ELEIÇÕES 2014. Nosso consultor Milton Marques publica aqui suas análises sobre o cenário da disputa presidencial desse ano. Confira abaixo o sétimo texto dessa série e não se esqueça de se inscrever na barra à direita para não perder nenhuma postagem do Blog da Innovare!
A publicação da última pesquisa de intenção de voto para a corrida presidencial mostra inalterado o cenário comentado na nossa última postagem.
O governo comemora a estabilização do patamar de intenção de votos de Dilma. A expectativa negativa de queda foi superada. Por outro lado, ficam frustrados aqueles que apostavam no “derretimento” da candidata do governo; mesmo com uma avaliação negativa do desempenho deste, parte relevante do eleitorado ainda deseja reconduzir Dilma para um segundo mandato.
O número mais comemorado pela oposição é a manutenção de tendência de empate técnico entre Dilma e Aécio em um cenário de segundo turno. O PT nunca ganhou uma eleição em primeiro turno, e, pelo caminhar da carruagem, parece que não fugirá à regra. E, para Aécio Neves, aquilo que parecia improvável há alguns meses – levar a eleição para um segundo turno disputado – passa uma possibilidade real. Mais do que isso, passam os tucanos a sonhar, mesmo que com um horizonte ainda distante, com a possibilidade de vitória.
O dado mais relevante das pesquisas ainda não encontrou análise adequada. Trata-se, em minha opinião, da incrível capacidade de resistência da candidatura Dilma. Depois das manifestações de 2013, não houve um momento de trégua para o governo. Foram solavancos vindos de todas as partes: a economia mostra suas grandes fragilidades, fogo amigo, greves, paralisações e a insatisfação que atinge ¾ da população. A forte oposição ao governo, na imprensa e nas redes sociais, é intensa e continuada. Mesmo assim, a candidatura Dilma consegue manter percentuais equivalentes à soma de todos os demais candidatos. A oposição terá de fazer uma dupla pergunta: o que tem de tão especial na candidatura de Dilma, que a torna tão resistente? O que falta às candidaturas de oposição, que não apresentam crescimento, mesmo com um cenário supostamente tão favorável?.
A oposição fracassa em sua tentativa de alavancar melhores posições na corrida presidencial por não compreender a diferença que existe entre imagem e reputação. Se por um lado o governo possui hoje uma imagem muito negativa, por outro o PT e o governo possuem uma reputação que não foi construída ontem ou anteontem. Durante décadas, o PT se posicionou como um partido preocupado e disposto a enfrentar o problema das desigualdades sociais; no discurso e com bem sucedidos programas de distribuição de renda, o governo e o PT ainda são percebidos como alinhados à aspiração da população de construir uma sociedade mais justa. Essa reputação foi construída ao longo dos anos, com base em ações objetivas ou não, foi repetida inúmeras vezes, até o ponto de se transformar, para uma parte expressiva do eleitorado, em uma representação coletiva.
Correndo o riso de ser recorrente e recalcitrante, sou obrigado a reafirmar: “Dilma não perde a eleição por seus erros, mesmo sendo inúmeros, como de fato são. A oposição não ganha a eleição se não demonstrar cabalmente que possui alguma sintonia com o Brasil moderno, que se encontra muito insatisfeito, protesta e procura alternativas para a mudança”.
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