Como antecipamos na última edição do Barômetro Innovare, as manifestações políticas durante a realização da Copa do Mundo perderam força, e, apesar de um bom volume de confirmações de participação nas redes sociais, elas tendem a não tomarem dimensões relevantes.
Dada a realidade, muitos procuram compreender o que de fato causou a desmobilização dos protestos. A resposta é simples: ninguém, ou quase ninguém, quer perder a festa mágica que envolve a seleção brasileira e a Copa do Mundo.
Tudo indica que, por parte do governo, exista certo alívio em relação à mudança de humor em relação à Copa do Mundo. Nas redes sociais, a tendência é a de encontramos um grande volume de comentários relativos aos jogos, acontecimentos e bom humor – mesmo sendo muito frequente a presença da Presidente Dilma como conteúdo. Assim sendo, antevê-se – por parte do governo – a possibilidade de chegar ao final dos jogos com uma imagem mais positiva da organização e do esforço de realização da Copa do Mundo.
A influência do futebol na política sempre foi objeto de análise por parte de sociólogos e antropólogos. Em um ano de eleição presidencial, com a Copa do Mundo acontecendo no Brasil, o assunto volta com toda a força. Deixando de lado as grandes discussões sobre o tema, é preciso compreender que estamos diante de dois planos completamente distintos de análise: de um lado, temos a nação “de chuteiras” e, de outro, o país dos insatisfeitos.
O futebol – a seleção brasileira – sempre será um dos elementos que une o povo brasileiro e é um dos poucos traços que assegura certa noção de unidade e identidade. Encontra-se a seleção brasileira em um espaço de querer coletivo. É um desejo que não se fraciona entre dimensões regionais e preexiste sem qualquer atuação do Estado. Vamos torcer fortemente pela vitória da seleção e ponto.
Ao lado dos desejos de conquistas e glórias da nação, coexiste o Estado legalmente constituído, com governantes nomeados e, em estado democrático, cumprindo os seus mandatos. Começamos a Copa do Mundo com um alto índice de insatisfação da população em relação ao governo e sua atuação – em qualquer área que seja, até mesmo no que diz respeito aos gastos excessivos e erros de planejamento do país nos preparativos para a Copa do Mundo. Com a vitória ou derrota da seleção brasileira, esses sentimentos de insatisfação e de mal-estar não devem mudar.
Muitos começam a perguntar: Dilma ganha com a vitória da seleção? Perde muito com a derrota? Em minha opinião, Dilma não ganha nada com a vitória da seleção brasileira. O que ela podia perder, e ainda pode, não diz respeito ao resultado final da Copa do Mundo, mas, sim, à continuada repercussão de como foram realizadas as obras e à avaliação final do que foi o esforço do país para sediar a Copa do Mundo.
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