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SUSTENTABILIDADE NO SETOR BANCÁRIO – PARTE I

13-05-2014
Postado por Marina Araújo em Innovare

O descolamento entre o capitalismo financeiro e o de produção conduziu nosso sistema produtivo a uma exploração desenfreada dos recursos naturais. Este debate conflituoso, em um capitalismo voltado para a criação-destrutiva, coloca as empresas frente a um trade-off entre desempenho econômico e crescimento sustentável.

As pressões impostas pelo tema para o setor bancário não são diferentes, e, em resposta às demandas sociais por melhores práticas socioambientais, o Banco Central (Bacen) lançou, em 25 de abril de 2014, a Resolução nº 4.327. Esta resolução marca diretrizes para as instituições financeiras brasileiras relacionadas à Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA), especialmente relacionadas à implementação de práticas de gestão de risco socioambiental. Por risco socioambiental entende-se a mensuração das possibilidades de perdas das instituições decorrentes de danos socioambientais.

Nesse sentido, a resolução demanda dos bancos a definição de princípios que norteiem as ações de natureza socioambiental nos negócios. Principalmente no que tange ao relacionamento dessas instituições com as partes interessadas – que podem ser clientes, usuários, a comunidade interna e demais pessoas que sejam impactadas pelas atividades bancárias. Além da definição de uma diretoria responsável por essa gestão do risco socioambiental, o Bacen demanda das instituições financeiras brasileiras:

  • Implementação de sistemas, rotinas e procedimentos que possibilitem a gestão do risco socioambiental.
  • Registro de dados por cinco anos das perdas efetivas em função dos dados socioambientais.
  • Avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos das novas modalidades de produtos e serviços.
  • Definição de procedimentos para a adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado.

Os bancos têm até julho de 2015 para realizar as alterações necessárias para atender à resolução. Apesar dos prazos, algumas instituições bancárias já estão bastante avançadas quando o assunto é sustentabilidade. Na parte II deste texto, conheça mais sobre os casos do Itaú-Unibanco e do Santander.

 

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