*Milton Marques, consultor da Innovare Pesquisa para projetos de opinião pública, é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.
Logo após as eleições de 2002, o PT anunciava um governo contínuo de 20 anos. Naquela altura a afirmação parecia audaciosa, determinada e meio incompreensível. Afinal de conta, que contas eram estas? O PT tem fôlego para ganhar eleições para cinco mandatos consecutivos?
Com a metade da promessa cumprida, restam ainda os outros 10 anos; mais dois anos de Governo Dilma e oito como desafio. Para fechar as contas, o PT terá de sair vitorioso em mais duas eleições. Será possível?
Esse é um desafio preditivo para intrigar qualquer oráculo.
Para o PT, visto de hoje, o cenário político-eleitoral para enfrentar a eleição de 2014 é muito favorável. A Presidenta Dilma possui uma aprovação próxima dos 80%, muito melhor do que a do ex-presidente Lula no mesmo período de seu primeiro mandato, liderando com folga em todas as pesquisas de opinião de que se tem notícia. Com a reeleição de Dilma restaria ao PT mais um mandato para fechar os vinte anos de poder. Esse parece ser um cenário possível e provável. O que não era considerado nas projeções petistas era a probabilidade de que Dilma pudesse ser uma candidata mais competitiva do que o próprio Lula.
Para 2018 só restam grandes e distantes especulações.
Apesar de tantos percalços, o PT parece ter motivos para comemorar, fazer festa e dar largada para a corrida de reeleição de Dilma. A grande atração da festa será o PSDB.
Para a festa de hoje o PT pretende estabelecer uma comparação, com abundância de números e estatísticas, entre os governos FHC e de Lula e Dilma. Durante os últimos anos o PT aprendeu que se faz política com aliados e, principalmente, com adversários. O PT pretende polarizar desde já a eleição, reconhecendo o PSDB como seu principal concorrente. O PT não teme o adversário conhecido, acredita que sabe como derrotá-lo. Ao escolher seu principal adversário o PT sinaliza o receio de enfrentar algo novo e relativamente desconhecido. O que o PT não quer, em hipótese alguma, é enfrentar um concorrente parecido com aquilo que foi um dia.
Por outro lado, o PSDB não aprendeu que é inócuo disputar com o PT um mesmo posicionamento. A disputa pelos números e estatísticas já se encontra publicamente instaurada, principalmente na internet e redes sociais. Esse é, independente de juízos de valor, um confronto desvantajoso para o PSDB. Discutir heranças, sejam elas benditas ou malditas, é se ocupar de um espólio, que pode representar um patrimônio de relevância discutível aos olhos dos eleitores e até mesmo dos herdeiros.
Ao tocar a principal valsa da festa, o PT retirará o PSDB para dançar, elegendo-o deliberadamente como alvo de comparação. De nada adiantará dançar a valsa; os números e as estatísticas pouco importam para o eleitor que, ao olhar para os dois lados, vê que sua vida melhorou durante os governos petistas. Assim sendo, o PSDB é peça chave na realização do sonho Petista de 20 anos no poder.
Tudo indica que o PSDB não negará mais uma valsa, e sairá em defesa do Governo Fernando Henrique Cardoso, mesmo tendo ele deixado a Presidência da Republica há longos 10 anos.
Encapsulado, o PSDB insiste em não deixar o passado passar.
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