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AS MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS

05-07-2016
Postado por Equipe Innovare em Innovare

O movimento feminista vem crescendo exponencialmente no Brasil nos últimos anos, e um dos motivos desse crescimento são movimentos nas redes sociais que denunciam abusos contra mulheres e dão voz às demandas e questionamentos sobre o tema. A Marcha das Vadias é um exemplo de como as redes sociais impulsionaram o movimento no Brasil, já que vem ganhando várias adeptas nos eventos e páginas no Facebook sobre o tema.

Há, no entanto, um movimento dentro do feminismo brasileiro que reivindica maior visibilidade: o das mulheres negras. Suas adeptas alegam que é necessário um olhar mais atento para elas, pois, além de viverem as disparidades já conhecidas dentro do feminismo por serem mulheres, sofrem também com o racismo e seus agravantes.

Alguns dados do Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais, mostram que há discrepância na vida de mulheres brancas e negras: na década analisada, que foi de 2003 a 2013, o número de mulheres brancas assassinadas caiu 10%, enquanto o número de negras mortas cresceu 54%. Os crimes foram, em sua maior parte (55,3%), cometidos em suas residências. Em 33,2% deles, os assassinos eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas.

As mulheres brancas também estão mais economicamente ativas do que as negras: 56,2% contra 53,1%. Entre as mulheres sem fonte de renda própria, 27,6% das negras não a possuem, contra 22,6% das brancas. Nos dados que tangem à organização familiar, as mulheres negras no Brasil têm se mostrado mais à frente de seus lares: são responsáveis por 38,7% das famílias dessa etnia, enquanto as brancas são responsáveis por 37,7% do sustento de seus lares.

Para saber mais sobre as mulheres brasileiras e o mercado de trabalho, acesse nosso texto

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