Blog

Temas atuais e infográficos exclusivos

INFORMAÇÃO + CONHECIMENTO

Compartilhe

A MÚSICA DA NUVEM

12-04-2013
Postado por Vinícius Calijorne em Em Tela

*Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Sem Escala.

Não dá para negar que a tendência do mercado musical é disponibilizar produtos por streaming. São os mais diversos produtos e estratégias por trás desse tipo de serviço, que se populariza com uma velocidade bem acelerada e já começa a ser usado até como plataforma publicitária.

A pergunta que ainda existe para o mercado brasileiro, no entanto, é se a mudança já é proveitosa. A música é tão móvel quanto a tecnologia e os dispositivos que carregamos conosco para todos os lados, mas a nossa conexão às redes não é a mais rápida e muito menos a mais estável.

Além disso, nosso país está uns passinhos atrás de outros pólos musicais, como os EUA ou a Inglaterra:

Uma limitação está no conservadorismo dos grandes nomes do nosso mercado, que ainda não se adaptaram às mudanças da indústria fonográfica e acabam deixando essas novas plataformas de lado. Salvas raras exceções, como Caetano Veloso, que disponibilizou a discografia completa em seu site. Por aqui, essas plataformas ainda ficam dedicadas aos artistas estreantes, que recebem menor atenção midiática.

O outro problema está ligado à pirataria praticada no Brasil, que cria resistência, por parte das produtoras, a disponibilizar material em plataformas digitais e também cria uma fronteira virtual, já que várias produtoras internacionais também não abrem seus conteúdos no nosso território.

Fora do Brasil, várias plataformas já estão modificando a forma como se ouve música. Serviços como o Pandora e o Spotify estão ganhando cada vez mais espaço com as suas possibilidades de descobrir novas músicas e artistas a partir de um que já atenda ao seu gosto.

Por aqui, as opções ainda são limitadas, mas existem pelo menos duas plataformas bem bacanas: o iTunes Match e o Rdio.

120413 - IMG01

O primeiro é um serviço disponibilizado pela Apple que permite que você faça o upload das músicas da sua biblioteca para a nuvem. Na verdade, se a música já existir no banco de dados da iTunes Store, você ganha o direito de ouví-la por streaming direto da loja. Caso contrário, o serviço faz o upload da música e ela fica disponível, também. Por uma taxa anual, o usuário tem o direito de fazer upload de até 25gb de músicas que não estejam no abrangente banco da Apple. Testamos o serviço tanto em conexões wifi quanto 3G e a velocidade de conexão é boa, já que não fomos interrompidos nenhuma vez para carregar. Fizemos o teste, também, com aquelas famosas conexões 3G com velocidade reduzida, frequentes nos planos das operadoras brasileiras, que reduzem a rapidez da conexão caso o cliente atinja sua cota mensal. No caso da velocidade reduzida, torna-se praticamente impossível fazer o download.

A Rdio é um serviço internacional que, no Brasil, tem uma parceria operacional com a Oi. Funcionando de forma semelhante ao Pandora e o Spotify, permite que você determine as suas preferências musicais e descubra faixas de estilo semelhante enquanto usa o serviço. Com um banco de dados bem satisfatório, o que ainda não agrada é o preço, que gira em torno dos dez dólares mensais, dependendo do plano.

Existem ainda outros serviços muito bacanas, mas dominados quase exclusivamente por artistas estreantes, reduzindo a base de dados, como o Soundcloud, o Bandcamp e o recém-reformulado MySpace.

As últimas notícias dessa indústria vieram com o lançamento do Lively.fm, plataforma colaborativa que atualiza a cada 10 minutos usando o banco de dados de 10 milhões de blogs e a estratégia publicitária de uma ação polonesa contra o câncer de mama, que lançou o projeto Rak n’Roll. Vale a pena conferir.

E é bem possível que mais novidades estejam vindo por aí: com informações do Mashable e do The Verge, pode ser que o serviço de streaming de músicas do Twitter seja liberado ainda hoje. O serviço de microblogging, que recentemente comprou o We Are Hunted, plataforma musical, já está fazendo seu teasing, com tweets de Ryan Seacrest e outros nomes relevantes da indústria.

Comentários:

Nuvem de Tags

Arquivo

Confira postagens antigas:

FEED

Cadastre seu e-mail e receba as postagens do blog