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A DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL

Uma pesquisa realizada neste mês no Rio de Janeiro pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes confirmou o que o Barômetro Innovare já apontou: a maior parte da população não se opõe à descriminalização do uso da maconha. O levantamento realizado com 2.000 cariocas mostrou que a maioria da população – 97% – não passaria a consumir drogas se elas fossem legalizadas, e afirmou que a prisão de usuários aumenta a violência mas não reduz o uso.

De acordo com a pesquisa, 90% dos cariocas são a favor da descriminalização do uso de drogas. A maior parte dos entrevistados afirmou não querer a legalização, mas compreender que a criminalização dos usuários é mais danosa à sociedade do que o consumo da droga. “A maioria não quer a legalização e ainda quer a proibição do tabaco (57%) e do álcool (41%). O carioca, ao contrário do que muita gente pensa, é conservador. Mas ao mesmo tempo, 90% deles entendem que o cara que é pego fumando maconha não tem que ser preso, pois isso gera ainda mais violência. É daí que a gente tem que partir”, explica a socióloga Julita Lembruber, que coordenou o estudo. Um ponto que chamou atenção na pesquisa foi o fato de 67% dos entrevistados acreditarem que a redução do consumo de drogas está diretamente ligada a mais e melhores campanhas de informação. Além disso, apenas 30% acreditam que a prisão de usuários e traficantes é a melhor maneira de combater o uso.

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